A Tarta Pascualina é um clássico muito apreciado na Argentina e no Uruguai, mas tem raízes na tradição culinária da Ligúria, na Itália, onde recebe o nome de “Torta Pasqualina” e é tradicionalmente servida na época da Páscoa — daí seu nome. No Rio da Prata, a receita ganhou adaptações, mas manteve seu recheio principal feito de folhas verdes (espinafre ou acelga), ovos e queijo. Hoje, a Torta Pascualina é presença constante em padarias e na mesa de muitas famílias, sendo valorizada tanto pela praticidade quanto pelo sabor. Vamos aprender a preparar essa delícia original!
Receita Original de Torta Pascualina
Ingredientes
Para a massa (duas partes — base e cobertura):
- 4 xícaras (chá) de farinha de trigo (aprox. 500 g)
- 1 colher (chá) de sal
- ½ xícara (chá) de óleo vegetal ou azeite (aprox. 120 ml)
- 1 xícara (chá) de água morna (aprox. 240 ml)
- Farinha extra para polvilhar
(Se preferir, você pode usar massa folhada comprada pronta ou massa de torta para agilizar.)
Para o recheio:
- 2 maços de espinafre (ou acelga), lavados, picados e refogados
- 1 cebola média picada
- 2 dentes de alho picados (opcional)
- 3 colheres (sopa) de azeite ou óleo
- 1 xícara (chá) de ricota ou queijo fresco amassado (aprox. 200 g)
- 3 ovos (1 para misturar ao recheio, 2 para colocar inteiros)
- 2 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado (opcional)
- Sal, pimenta-do-reino e noz-moscada a gosto
(Rendimento: cerca de 8 porções, dependendo do tamanho da forma.)
Modo de Preparo
Preparo da massa:
- Em uma tigela grande, misture a farinha com o sal.
- Faça uma cova no centro, junte o óleo (ou azeite) e, aos poucos, acrescente a água morna, misturando com as mãos ou com uma colher de pau.
- Sove até obter uma massa lisa e homogênea. Se estiver muito seca, pingue mais água; se estiver grudando muito, acrescente um pouco mais de farinha.
- Divida a massa em duas partes (uma ligeiramente maior do que a outra), formando bolas. Cubra com um pano limpo e deixe descansar por 20 a 30 minutos.
Refogando o recheio:
- Em uma panela, aqueça o azeite (ou óleo) e refogue a cebola até ficar translúcida. Se quiser, adicione o alho picado e refogue por mais 1 minuto.
- Acrescente as folhas de espinafre (ou acelga) picadas, tempere com sal e pimenta. Cozinhe até murcharem e perderem parte da água.
- Escorra o excesso de líquido e deixe amornar.
- Em uma tigela, misture o refogado com a ricota (ou queijo fresco), o queijo parmesão (se for usar) e 1 ovo levemente batido. Ajuste o sal, pimenta e adicione uma pitada de noz-moscada, se desejar.
Montagem da torta:
- Pré-aqueça o forno a 180 °C.
- Abra a parte maior da massa em um círculo grande o suficiente para forrar o fundo e as laterais de uma forma redonda de 22–24 cm de diâmetro (preferencialmente de fundo removível).
- Acomode a massa na forma, pressionando levemente as laterais.
- Distribua o recheio de folhas e queijo na massa, nivelando bem a superfície.
- Faça dois pequenos “ninhos” (com a ajuda de uma colher) e quebre ali os 2 ovos restantes, deixando-os inteiros. Essa é a marca clássica da Pascualina, que revela os ovos cozidos quando a torta é cortada.
- Abra a segunda parte da massa em formato circular e cubra a torta, selando bem as bordas. Se quiser, faça um acabamento decorativo com tiras de massa ou pressionando com um garfo.
- Fure levemente a superfície da massa com um garfo ou faça pequenos cortes para permitir a saída de vapor durante o cozimento.
Assando:
- Pincele a superfície da torta com um pouco de óleo ou ovo batido, se desejar um aspecto mais dourado.
- Leve ao forno pré-aquecido por cerca de 35 a 45 minutos, ou até que a torta esteja firme e com a crosta bem dourada.
A Torta Pascualina é um prato que carrega tradição em cada fatia. Ela mostra como a fusão entre a herança italiana e as mesas do Rio da Prata resultou em uma refeição prática, nutritiva e cheia de sabor. Seja servida no almoço, lanche ou até em um piquenique, essa torta encanta pelo recheio de folhas verdes, queijo e ovos inteiros. Se você testar essa receita original, compartilhe como ficou e se adicionou algum toque especial no recheio ou na massa. Viva a união de culturas na cozinha!
Nenhum comentário:
Postar um comentário